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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Ainda a CArt 522!

As minas foram, como se sabe, o pior dos inimigos dos nossos militares na Guerra do Ultramar Português. Principalmente nas picadas e nas pontes, mas também nos locais onde sabiam que os soldados tinham que ir recolher água para as suas necessidades diárias, as minas eram mais que muitas e todo o cuidado era pouco para evitar tropeçar com elas.
Em Moçambique, onde fiz a minha guerra, numa povoação das margens do Lago Niassa, não longe de Nova Coimbra, aconteceu um dos piores acidentes de que tenho ouvido falar envolvendo uma série de mortos e vários feridos. A província do Niassa ficou famosa por isso e foi até baptizada com o nome de «Estado de Minas Gerais» a zona do Lunho e povoações circundantes.
Mas não era só em Moçambique que havia minas. Também as havia na Guiné e em Angola, tal como se pode ler em imensos relatos feitos por ex-combatentes que enchem as páginas da internet. Na imagem abaixo podem ver-se alguns militares da Companhia de Artilharia 522, em que prestou serviço um dos nossos conterrâneos, na zona de Quipedro, em Angola, no momento em que recolhiam água para levar para o seu acampamento, aproveitando também para se refrescar do calor africano que, por vezes, quase fazia ferver o cérebro.


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