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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Casa do Ramalhete!

 Há dias, estive em Macieira e encontrei o Leopoldino Fonseca com quem tive uma longa conversa. Soube por ele que o Manuel Fonseca que, ocasionalmente, comenta neste blog (são muito poucos os que o fazem) é seu irmão e prestou serviço na Guiné. Fui à procura de dados da sua Unidade Militar, a Cart 6251 e encontrei isto:


Pelos vistos foi uma comissão curta, saíram de Lisboa pouco antes do 25 de Abril e regressaram à base 6 meses depois. Uma maravilha, assim evitaram males maiores e ganharam alguma coisa com a revolução dos cravos.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Ontem, foi o dia!

 Há muito tempo que queria falar com o Dino Fonseca e ontem foi o dia em que o consegui fazer. Tive que ir lá duas vezes, uma a seguir ao almoço, por me terem dito que ele passava sempre por ali a essa hora, e outra a meio da tarde, numa segunda tentativa que deu os seus frutos.

Havia 3 coisas que eu queria falar com ele. Em primeiro lugar se poderia ter acesso a algumas fotos da sua guerra (que eu tinha visto na exposição feita no dia do nosso almoço/convívio) para poder aqui publicar. Não eram dele e já foram devolvidas aos seus donos, portanto nada feito.

A segunda coisa era saber mais pormenores da sua passagem por Moçambique, pois sabia apenas que esteve no Niassa, em primeiro lugar, e de pois na zona de Tete. Essa parte correu bem, soube que fez parte da CART 2497 do Batalhão de Artilharia 2869, mobilizado pela Pesada 2 da Serra do Pilar, que chegou a Moçambique no primeiro semestre de 69 e regressou à Metrópole cerca de dois anos depois.

Em 1969, aconteceram coisas importantes nas zonas por onde o Dino passou. Uma delas foi a conclusão da Linha de Comboio, desde a estação do Catur até Vila Cabral, mas que ainda não lhes serviu de transporte para o norte, foi inaugurada mais tarde, depois de o Batalhão ter passado por lá e feito o caminho habitual. Comboio de Nacala até ao Catur, em cima das Berliets até Meponda e depois nas lanchas da Marinha até Metangula.

Fui pesquisar na internet sobre o Batalhão em causa e trouxe este link para os mais curiosos poderem dar uma espreitadela.

https://cart-2497.blogs.sapo.pt/2012/05/

A primeira parte da comissão foi passada na zona de Nova Coimbra, Lunho e Metangula. Depois, como em tempos escrevi, foram para as proximidades da barragem de Cabora Bassa, sendo a povoação de Chiringa a referência da sua localização (ver foto abaixo).

E não há muito mais a relatar, as memórias vão ficando perdidas no tempo. Sobre baixas no seu batalhão, o Dino recorda-se apenas de um morto, atingido com um tiro na cabeça, durante uma operação na zona da barragem.

Outro acontecimento que coincidiu e parece ter envolvido (falta-me a confirmação) pessoal do batalhão do Dino foi o naufrágio do batelão, em Mopeia, em que faleceram 101 militares portugueses. Ver abaixo duas imagens de recortes que eu fiz para deixar aqui.


Vou fazer mais umas pesquisas sobre a passagem deste batalhão por Moçambique e se encontrar algo de relevante voltarei ao assunto.

A terceira razão por que queria encontrar-me com o Dino era por causa da lista dos "mortos-vivos" de que falei numa das minhas publicações anteriores. Calhou muito bem, pois enquanto falávamos entrou pelo Café adentro o José Novais, a quem eu tinha pedido para me conferir a lista, pois ninguém melhor que ele para o fazer pela posição que ocupa na freguesia, antigamente Presidente da Junta e actualmente Presidente da Casa do Povo. Assim reiterei o meu pedido para que faça a necessária revisão.