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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Estatísticas!

A estatística vale o que vale e eu sou dos que não lhe dão grande importância, mas também tenho curiosidade em saber os resultados e isso faz-me ir espreitá-los de vez em quando. Hoje resolvi publicar aqui o gráfico que mostra as visualizações das mensagens mais lidas, desde que iniciei este blog, há cerca de 8 meses. Isto serve para que vocês, os leitores dessas mensagens, vejam o que mais despertou a curiosidade dos outros visitantes. E alguns poderão regressar e ler de novo, ou descobrir que nunca as leram e tratar de o fazer agora.


Como podem ver, há várias informações nesta imagem e entre elas o número de comentários recebidos em cada uma. Há só 3 mensagens que mereceram mais de 100 visitas e a que tem direito ao 1º lugar chegou às 431, mas não ganhou nenhum comentário. Por outro lado a que ficou em 2º lugar, tendo conseguido apenas 183 leituras, teve 2 comentários. Com 115 leituras ficou aquela que ocupa o 3º lugar e sem comentários. E há apenas mais um comentário que foi feito na mensagem que ocupa o 7º lugar com 68 visualizações.
A mensagem mais lida de todas tem o título de «A Venda de Macieira» e conta a história do Sr. José Campos, do seu negócio e da sua família. Uma vez que despertou tão grande interesse gostaria de alargar o tema escrevendo mais alguma coisa sobre a família Campos, mas os meus conhecimentos sobre o assunto são muito poucos. Mesmo assim é assunto para pensar.

Os avanços da tecnologia!

Quem nasceu na primeira metade do Século XX testemunhou coisas que hoje parecem difíceis de acreditar, pelo menos a quem nasceu nos últimos 20 ou 30 anos. Ao ver um potente tractor lavrar um campo em poucas horas, ou segar um campo de erva em menos tempo ainda, não lhes será fácil imaginar uma junta de vacas galegas a puxar um arado durante horas a fio para lavrar o mesmo campo, ou quantas horas demoraria uma jornaleira, de foicinha na mão, a segar o mesmo campo de erva.
Máquinas e motores eram coisas muito raras nesses tempos e os animais domésticos, tais como cavalos, burros, bois e vacas, eram as grandes máquinas que ajudavam os lavradores nas suas tarefas. E do mesmo modo eram os motores dos nossos transportes puxando carros e carroças. Sem a sua ajuda a vida seria impossível.
Saí de Macieira em 1955, muitos dos que agora podem ler estas linhas não eram nascidos ainda. Era ainda o tempo em que o pão era feito em cada de cada um, pois padarias era coisa de que ninguém tinha ouvido falar ainda. Em cada casa havia um forno e uma masseira para preparar e cozer a fornada de milho que alimentaria a família durante uma semana inteira. E o milho para fazer esse pão era moído nas diversas azenhas que existiam ao longo do curso do rio de Macieira.
Morando no lugar do Outeiro, a azenha que nos servia era a do Tio Avelino Mariano, a primeira logo que o rio passa da freguesia de Gueral para Macieira. Esta azenha, além de moer o milho e o centeio que servia para fazermos o nosso pão, tinha também uma serra, movida pela mesma engrenagem que fazia girar a mó, que transformava toros de pinheiro ou eucalipto em tábuas e barrotes para todos os fins. No verão do ano passado, dei por lá uma volta para ver se ainda havia resquícios dessas engenhocas que me encantavam ver em movimento quando criança e vejam o que encontrei.





Tem cara de não funcionar há mais de 50 anos, mas a verdade é que ninguém quis ainda desmontar isto tudo e utilizar o espaço para outros fins. É bem possível que depois do Tio Avelino ninguém tenha operado esta máquina e o pobre homem já deve ter morrido há muitos anos. Depois do ano em que fiz o meu exame da 4ª Classe, foi a primeira vez que voltei a entrar nesta azenha.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A «Saúde» da nossa terra!


Tenho passado algumas vezes em frente ao edifício da USF que serve a nossa freguesia e, coisa estranha, nunca vi ninguém entrar nem sair do edifício, nem tão pouco a cirandar por ali como quem espera ser atendido. Confesso que me atravessou a mente o pensamento de que podia não haver ninguém interessado nos serviços que a Unidade de Saúde oferece. Ou pior ainda, que não haja pessoal para fazer aquilo funcionar. Espero bem que não seja uma nem outra coisa.


De facto não sei como isto funciona, mas acredito que por uma questão de economia esta USF deve servir mais que a freguesia de Macieira, talvez Courel ou Gueral e quem sabe Chorente. O edifício tem boa pinta, pelo menos por fora, e se o serviço que presta aos macieirenses tiver a mesma qualidade, então estamos todos de parabéns. É sabido que a saúde é o bem mais importante que temos e, como é costume dizer-se, não tem preço.
Acredito que são merecedoras da nossa gratidão as pessoas que deram o seu contributo para que este serviço tivesse ficado sedeado na nossa freguesia, pois é uma mais valia para todos que cá moram. Os meus parabéns!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Querer saber não é pecado!


Alguém me sabe explicar porque é que sendo S.Adrião o orago de Macieira se comemora o dia e se faz a festa a S.Tiago?
Na Wikipédia não há nada sobre a nossa freguesia e na internet encontram-se algumas referências, como esta que se segue:
«Nas inquirições de 1220, ordenadas por D. Afonso II, Macieira de Rates é referida com a designação "de Sancto Adriano de Mazieira", estando integrada nas Terras de Faria».
Isto parece provar que já vem de longe a escolha do orago da nossa terra e como não há qualquer registo escrito referente ao período anterior a 1220, vamos ficar sem saber de quem foi a ideia.
Admitindo que algum padre, devoto de Santo Adriano (versão latina original do nome Adrião), paroquiou esta freguesia num passado remoto e decidiu recomendar as gentes da sua paróquia ao seu santo de devoção, então será conveniente que conheçamos um pouco da história deste santo. Vejam o que encontrei na internet sobre este santo:
«Nascido na África, no ano de 635, Adriano mudou-se para Nápoles com apenas 5 anos de idade. Ali se dedicou aos estudos transformando-se num homem dotado de uma sabedoria incomum. Era um profundo conhecedor da Sagrada Escritura e professor de grego e latim. Quando exercia o cargo de abade de um mosteiro na Itália, o papa o convidou para assumir o bispado de Cantuária, na Inglaterra. Humildemente, Adriano recusou o convite do papa. Porém, o papa voltou a insistir e, Adriano, então, sugeriu que convidasse um monge chamado Teodoro - mais tarde São Teodoro. O papa aceitou, desde que Adriano fosse junto, como colaborador direto de Teodoro. Nascia, assim, uma amizade histórica.
Adriano foi indicado, então, a abade do mosteiro de São Pedro e São Paulo, onde realizou uma profunda reforma no ensino, transformando o mosteiro em um centro de referência em toda a Europa. Depois de sua morte, no ano de 710,  Adriano passou a ser objecto de culto e reverência por seus ex-alunos, que organizavam peregrinações ao seu túmulo, como prova de reconhecimento por tudo o que haviam aprendido com o grande mestre».
À falta de melhor, vale mais saber isto que não saber nada sobre o nosso santo. E sobre de onde surgiu a ideia de festejar o S.Tiago, em vez de Santo Adrião, ainda se sabe menos. Nesse caso nem a intenet me safa!

sábado, 11 de janeiro de 2014

Imagens e paisagens!


Lembro-me de ver, nos velhos filmes americanos que contavam a história dos colonos europeus que se deslocavam para o oeste à procura de um lugar para se estabelecerem, uma casinha à beira da água e junto a um bosque que fornecia a madeira e lenha necessária à sua sobrevivência. A água e o fogo são as coisas indispensáveis à vida e eles sabiam o valor que isso representava, por isso a sua escolha criteriosa do lugar para se estabelecerem.
Lembrei-me disto há dias, quando observava a corrente do nosso rio, no sítio do Lobar, depois de alguns dias de muita chuva que o fizeram sair do seu leito habitual. E veio-me também à memória uma cantilena de que não recordo as palavras exactas, mas que rezava mais ou menos assim:
- Que grande felicidade é, à beira da água morar, quem tem sede vai beber, quem tem calma vai nadar!
Não conheço a família que mora naquela casa, mas quem a construiu deve ter andado a ver os mesmos filmes que eu. Embora haja um período do ano em que tanta água incomoda e seria mais bem vinda nos meses do estio, mais vale um pouco dela a mais que a menos.
Do lado de lá mora um irmão meu que trabalha na Córsega e veio cá passar o Natal e que eu pretendia visitar, mas a estrada encerrada não me deixou prosseguir viagem. E a nado também não me apeteceu fazer a travessia, de modo que virar para trás foi a única solução. Fica adiada a visita!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Erro de percurso!


Tinha ouvido algumas críticas ao Jardim de Infância e na minha última passagem por Macieira resolvi tirar-lhe a fotografia. À primeira vista tenho que concordar com uma coisa, a obra devia ter começado a um nível superior, pelo menos mais um metro, para não ficar enterrada como ficou. Foi um erro de quem preparou o projecto ou quem liderou a construção.
Mas não há nada que não tenha remédio e se quiserem salvar a obra, o remédio é chamar uma escavadora e uns camiões para transportar o aterro e rebaixar toda a área. Depois é construir um muro de suporte do lado mais alto (poente) e mais umas escadinhas para o pessoal descer. A outra opção seria demolir, o que não me agrada, pois seria deitar fora tudo que ali se investiu.
Mesmo que ali nunca venha a funcionar um Jardim de Infância, o edifício poderá ser aproveitado para outras valências. Se calhar até para a Cruz Vermelha, cujas ambulâncias estão a precisar de um parque de estacionamento mais "arrumadinho" e o hipotético recreio das crianças está mesmo a jeito. Haja alguém que se apresente na Câmara de Barcelos com um plano bem delineado e as coisas começam a mexer.
Mas isto sou eu só a falar com os meus botões!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A nossa representação no concelho!


Numa das minhas passagens por Barcelos fotografei este "festão" da nossa freguesia. Chamo-lhe festão como podia chamar outra coisa qualquer, pois não sei que nome dão a este enfeite que representa as freguesias do concelho na Festa das Cruzes.
Ao olhar para ele notei duas coisas que me fizeram pensar. A primeira foi o tamanho das duas pipas que aparecem no nosso brasão. Será que o artista que idealizou esta obra teve medo que os macieirenses pudessem ser conotados com o vinho e desenhou-as tão pequenas que nem se vêem? O símbolo refere-se à produção e não ao consumo, portanto era escusado ter medo. Mas se calhar a razão foi outra e sou eu que estou a ver coisas.
A segunda coisa que me chamou a atenção foi a pobreza dos enfeites. Diria eu, sem ter passado em revista todo o recinto com o cuidado que o assunto merece, que o festão de Macieira era o mais pobrezinho de todos. Seria por falta de tempo, de recursos ou de arte? Uma vez que já faltam menos de 4 meses para a próxima Festa das Cruzes, espero que os responsáveis por esta obra comecem a pensar no assunto. Um bom planeamento é meio caminho andado para o sucesso. E a nossa freguesia merece destaque como uma das maiores e melhores do concelho.
Na próxima vez quero trazer uma fotografia mais bonita para publicar aqui. Não me deixem ficar mal!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Regresso a Cabinda!

(Clique na foto para ampliar)
O José Rodrigues foi, tanto quanto sei, o único macieirense a pisar as terras de Cabinda. Já aqui escrevi sobre aquilo que me foi possível descobrir sobre esse ex-combatente, mas não tinha ainda conseguido obter uma fotografia que pudesse publicar. Finalmente, depois de muitas insistências, eis que ao cair do ano de 2013 ele aparece na minha mailbox. Tal como já tinha prometido ao seu filho Fernando (que me tem servido de interlocutor) aqui a deixo para ver se algum dos camaradas da Companhia a vê e o reconhece. E pode ser que isso motive alguns comentários de que este blog tão necessitado anda.