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sábado, 13 de setembro de 2014

O Tio David Vitorino!

«A colonização colectiva, a que se dava particular atenção, seria feita com famílias de colonos recrutadas na metrópole e oriundas dos meios rurais de todas as províncias do continente e das ilhas adjacentes. Ao chegarem às zonas de colonização, ser-lhe-iam entregues casais agrícolas (casa rural, terreno com 100 hectares desbravado e semeado num quarto da sua área, alfaias e ferramentas agrícolas, o gado necessário ao trabalho agrícola e ao estabelecimento da exploração pecuária, um pequeno fundo de exploração em dinheiro para as despesas do primeiro ano). A casa e dependências agrícolas, as despesas de irrigação e desbravamento de 25 hectares de terreno e as alfaias e ferramentas agrícolas seriam concedidas pelo Estado a título gratuito. Tudo o resto deveria ser reembolsado. A posse plena dos terrenos ocorria após a amortização total dos valores adiantados pelo Estado.»


Ao abrigo deste plano do governo de Salazar, decidiu o nosso conterrâneo David da Silva Vitorino carregar com a família às costas e ir para Angola tentar a sorte que não encontrou em Macieira. Com a mulher, a mãe e quatro filhos, com idades compreendidas entre os 6 e 12 anos, ei-lo de abalada para África, onde se dizia não faltarem as oportunidades de sucesso que no Portugal metropolitano escasseavam.
Nos primeiros anos viu a família acrescida de dois novos membros, um dos quais uma rapariga, e reduzida pela morte da sua mãe, cuja idade tinha atingido o limite concedido pelo Criador.
Para o que nos interessa desta história de emigração fica o facto de os 4 filhos, idos de Macieira no verão de 1955, terem vivido em Angola durante o período da Guerra Colonial e, de acordo com as leis portuguesas, terem aí feito o Serviço Militar.
Fazem, por conseguinte, parte da lista de Combatentes do Ultramar nascidos em Macieira e aqui fica a sua identificação.
Serafim da Costa e Silva, nascido no ano de 1943, prestou serviço como soldado condutor-auto, entre 1964 e 1967.
Benjamim da Costa e Silva, nascido no ano de 1945, prestou serviço como soldado artilheiro, entre 1966 e 1969.
Domingos da Costa e Silva, nascido no ano de 1947, prestou serviço como soldado de infantaria, entre 1968 e 1971.
Manuel da Costa e Silva, nascido no ano de 1949, prestou serviço como soldado de cavalaria, entre 1970 e 1973.
O quinto filho do Tio David era ainda adolescente quando se deu a independência de Angola e não tem portanto parte activa nesta história de combatentes.

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