Para qualquer assunto relacionado com os combatentes podem contactar-me através do e.mail «maneldarita44@gmail.com»

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Os 4 irmãos Farinheiros!

 

Nova lista dos Combatentes de Macieira que lutaram em Angola, onde incluí os nomes dos dois irmãos Farinheiros mais novos, o Domingos, nascido em 1947, e o Manuel, nascido em 1949. Tanto as datas de nascimento, como as de alistamento, foram calculadas por mim com base nas informações do Benjamim que é o único dos 4 irmãos ainda vivo.




domingo, 13 de outubro de 2024

Quem conta um conto ...!

 ... acrescenta um ponto!

E digo isto, porque não conheço o Zé Fonseca, nunca me encontrei com ele na vida, mas tomei, hoje, conhecimento que fez parte do Agrupamento 3951 e esteve em Angola, nos últimos anos da Guerra Colonial.

Fazendo uma curta pesquisa na net, descobri que há um grupo, no Facebook, dedicado a esta Unidade do Exército que esteve sedeada em Silva Porto. E - abri os olhos de espanto - quando descobri que o administrador (ou um deles) é o próprio Zé Fonseca.

Enviei-lhe uma mensagem e vou ficar à espera da resposta para ver se ele me dá material para actualizar ou corrigir esta publicação, além de contar-me o seu percurso na vida militar e da passagem pela guerra. Ele fez parte do Comando do Agrupamento e pode nunca ter ido para o "mato", mas terá, com certeza, algo a contar que interesse aos camaradas que visitam este blog.





Aqui ficam algumas fotos que trouxe do Facebook. Há um Fonseca que aparece numa das fotos, só não sei se é o Fonseca da Casa do Ramalhete, de Macieira, ou outro Fonseca qualquer. Se ele responder à minha mensagem ficaremos a saber!

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Notícias na hora!

 Depois de muita insistência, lá consegui que a Casa do Povo de Macieira me fizesse a revisão da «Lista de Combatentes» para eu ter uma ideia dos que ainda estão vivos.

Confesso que pensava que havia mais falecidos do que aparecem nesta lista! Ainda bem, aceito a informação como verdadeira, pois não tenho qualquer hipótese de a confirmar ou desmentir. 

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Casa do Ramalhete!

 Há dias, estive em Macieira e encontrei o Leopoldino Fonseca com quem tive uma longa conversa. Soube por ele que o Manuel Fonseca que, ocasionalmente, comenta neste blog (são muito poucos os que o fazem) é seu irmão e prestou serviço na Guiné. Fui à procura de dados da sua Unidade Militar, a Cart 6251 e encontrei isto:


Pelos vistos foi uma comissão curta, saíram de Lisboa pouco antes do 25 de Abril e regressaram à base 6 meses depois. Uma maravilha, assim evitaram males maiores e ganharam alguma coisa com a revolução dos cravos.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Ontem, foi o dia!

 Há muito tempo que queria falar com o Dino Fonseca e ontem foi o dia em que o consegui fazer. Tive que ir lá duas vezes, uma a seguir ao almoço, por me terem dito que ele passava sempre por ali a essa hora, e outra a meio da tarde, numa segunda tentativa que deu os seus frutos.

Havia 3 coisas que eu queria falar com ele. Em primeiro lugar se poderia ter acesso a algumas fotos da sua guerra (que eu tinha visto na exposição feita no dia do nosso almoço/convívio) para poder aqui publicar. Não eram dele e já foram devolvidas aos seus donos, portanto nada feito.

A segunda coisa era saber mais pormenores da sua passagem por Moçambique, pois sabia apenas que esteve no Niassa, em primeiro lugar, e de pois na zona de Tete. Essa parte correu bem, soube que fez parte da CART 2497 do Batalhão de Artilharia 2869, mobilizado pela Pesada 2 da Serra do Pilar, que chegou a Moçambique no primeiro semestre de 69 e regressou à Metrópole cerca de dois anos depois.

Em 1969, aconteceram coisas importantes nas zonas por onde o Dino passou. Uma delas foi a conclusão da Linha de Comboio, desde a estação do Catur até Vila Cabral, mas que ainda não lhes serviu de transporte para o norte, foi inaugurada mais tarde, depois de o Batalhão ter passado por lá e feito o caminho habitual. Comboio de Nacala até ao Catur, em cima das Berliets até Meponda e depois nas lanchas da Marinha até Metangula.

Fui pesquisar na internet sobre o Batalhão em causa e trouxe este link para os mais curiosos poderem dar uma espreitadela.

https://cart-2497.blogs.sapo.pt/2012/05/

A primeira parte da comissão foi passada na zona de Nova Coimbra, Lunho e Metangula. Depois, como em tempos escrevi, foram para as proximidades da barragem de Cabora Bassa, sendo a povoação de Chiringa a referência da sua localização (ver foto abaixo).

E não há muito mais a relatar, as memórias vão ficando perdidas no tempo. Sobre baixas no seu batalhão, o Dino recorda-se apenas de um morto, atingido com um tiro na cabeça, durante uma operação na zona da barragem.

Outro acontecimento que coincidiu e parece ter envolvido (falta-me a confirmação) pessoal do batalhão do Dino foi o naufrágio do batelão, em Mopeia, em que faleceram 101 militares portugueses. Ver abaixo duas imagens de recortes que eu fiz para deixar aqui.


Vou fazer mais umas pesquisas sobre a passagem deste batalhão por Moçambique e se encontrar algo de relevante voltarei ao assunto.

A terceira razão por que queria encontrar-me com o Dino era por causa da lista dos "mortos-vivos" de que falei numa das minhas publicações anteriores. Calhou muito bem, pois enquanto falávamos entrou pelo Café adentro o José Novais, a quem eu tinha pedido para me conferir a lista, pois ninguém melhor que ele para o fazer pela posição que ocupa na freguesia, antigamente Presidente da Junta e actualmente Presidente da Casa do Povo. Assim reiterei o meu pedido para que faça a necessária revisão.

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Os mortos-vivos!

 Vou ter que mudar de estratégia para conseguir melhores resultados, pois a pessoa que me devia ajudar está-se nas tintas. Não foi combatente na Guerra Colonial, vê-se logo!

Há mais de 10 anos que fizemos a primeira e única reunião a que compareceu a maior parte dos combatentes ainda vivos. De lá para cá já devem ter morrido mais de uma dúzia, mas não tenho grandes hipóteses de descobrir quem foram os que partiram. O que quer dizer que andam por aí alguns mortos que continuam vivos por não lhe ser passada a respectiva certidão de óbito (como combatentes), o que só eu posso fazer.

Estive a matutar na ideia de marcar uma reunião com alguém de Macieira que esteja a par das vivência da freguesia e com as fotos dos combatentes ir passando pela frente dos olhos dessa pessoa e esperar que ela diga se é morto ou vivo. Pode ser que resulte, pelo menos em relação aos que moram ou moravam e Macieira, antes de serem destacados para o outro mundo.

Ou isso, ou abandonar o blog e pensar noutra coisa! Mas, como combatente que nunca virou as costas ao inimigo, isso não me agrada nada!!!


quinta-feira, 30 de maio de 2024

O adeus ao Zé Rodrigues!


Ontem, foi dia de ir ao cemitério de Macieira dizer adeus a mais um dos nossos combatentes que terminou a sua comissão neste mundo e foi prestar contas a S. Pedro dos actos praticados durante os 80 anos que andou por cá.

Os nossos avós eram irmãos, de modo que ainda somos primos, embora já em 3º grau, mas família é sempre família e sempre se junta nestas ocasiões tristes. Ele teve 10 filhos e um monte de netos e havia, no cemitério muitos olhos cheios de lágrimas.

Há cerca de um ano, sofreu um AVC e ficou em mau estado. Assim a morte que, anteontem, lhe bateu à porta foi uma libertação e o fim dos seus sofrimentos e da família também, para quem o último ano não foi nada fácil.

Que Deus lhe dê o merecido descanso no seu Reino! 

Grupo de camaradas em Cabinda

sábado, 27 de abril de 2024

Acabou-se!

 Da Casa do Povo não recebi qualquer notícia e já se passaram meses, portanto é melhor esquecer. Foi com interesse político que a coisa começou e os interessados já enveredaram por outros caminhos. É assim a vida, quando algo nasce torto, tarde ou nunca se endireita!

quarta-feira, 6 de março de 2024

Lembrar os mais novos

 Sim, porque os mais velhos já embarcaram ou estão prestes a embarcar para a última comissão de serviço, aquela que se prolongará por toda a eternidade. Ninguém quer entrar nessa, mas isso é como o antigo Serviço Militar Obrigatório (SMO) que vigorou ainda durante alguns anos, após o fim do Império Português do Ultramar, tens que alinhar quer tu queiras quer não.

Já pedi ajuda à Casa do Povo para me actualizar a lista dos combatentes que eu criei numa folha de Excel, logo depois do nosso almoço convívio que foi organizado pela Junta de Freguesia, há já bastantes anos. Mas eu desconfio que, nessa altura, foi a motivação política que esteve por trás desse convívio, assim uma espécie de campanha para as eleições autárquicas que se aproximavam. Os políticos de então já arrumaram as botas e, por conseguinte, não há qualquer interesse no assunto dos combatentes. Se tivessem tombado em combate um ou vários macieirenses, talvez a coisa tivesse mais interesse, assim é para esquecer.

Só que os que lá andaram e tiveram a sua vida em risco, que viveram com o medo de não regressarem a casa, ou aguentaram todas as adversidades próprias de qualquer guerra, como o frio, o calor, a fome ou as doenças, nunca o vão esquecer. Só a morte os libertará dessas lembranças!

Rio Zaire, norte de Angola

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Sem notícias!


No passado dia 22 de Janeiro, enviei um mail à Casa do Povo, pedindo que me fornecessem informação sobre os combatentes sobrevivos. Até hoje, não recebi qualquer resposta e desconfio que a única lista existente era aquele placard montado em cima de um tripé, feito com 4 ripas de madeira, em que foram rabiscados os nomes de toda a gente. Se é esse o caso e a guardaram (como deveriam ter feito) talvez eu tenha sorte, caso contrário ... bem posso esperar.

Que eu tenha conhecimento, já faleceu uma boa meia dúzia, mas acredito que o número deve ser muito maior. Mas como não tenho qualquer maneira de resolver o problema, nem tão pouco sei quem é a actual direcção, o único remédio é esperar e ver o que acontece.

Já fui 2 ou 3 vezes a casa do Leopoldino Fonseca para pedir a sua ajuda, mas ninguém me atendeu, até parece que lá não mora ninguém!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Os combatentes tombam como folhas em dia de vento!

 Há muito que não ligo a mínima a este blog. Ninguém me passa cartão e tenho mais em que pensar!

Hoje, vi no Facebook a comunicação de um falecimento no Canadá. Pela idade ele devia fazer parte dos «Combatentes de Macieira», mas fui espreitar na lista e ... nada!

Será que não foi à tropa? Ou já estava no Canadá, quando atingiu a idade de recrutamento?

Contactei a Casa do Povo para ver se me conseguem dar algum esclarecimento.