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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Boas memórias do Cabo!


Muitos dos combatentes que lutaram em Moçambique na Guerra do Ultramar, passaram pela Cidade do Cabo, na África do Sul. Os navios de transporte de tropas como o Infante D.Henrique ou o Vera Cruz, habitualmente, faziam lá uma paragem. Eu próprio estive lá duas vezes.
O Cabo da Boa Esperança, antes chamado das Tormentas, é conhecido de todos por causa da história dos Descobrimentos portugueses. Mas esse conhecimento resume-se a saber que se situa no ponto mais a sul do continente africano e nada mais. Mas o Cabo é muito mais que isso. O porto é fantástico, a montanha da Mesa impressionante, a cidade moderna e bem organizada e o clima, em que se pode ter sol, chuva e nevoeiro num só dia e com alguma frequência, é inesquecível.
Tenho alguns amigos que depois da guerra preferiram continuar em África e alguns deles acabaram a trabalhar na África do Sul. Lá se casaram e tiveram filhos e alguns moram lá ainda. Outros regressaram a Portugal depois de reformados, mas os filhos lá continuam até hoje. Há ainda muitos problemas por resolver naquele país, mas sem sombra de dúvida que há lá mais futuro que aqui na nossa terra.
A África do Sul mudou muito desde a última vez em que lá estive e quero crer que nem tudo mudou para melhor. Uma coisa boa foi o fim do Apartheid. Aquilo de ter os brancos separados dos negros em todo o lado era coisa de deixar um cristão louco. Nos transportes públicos, então era uma verdadeira aberração. E para nós portugueses, não poder dirigir a palavra a alguém só por causa da cor da pele era coisa que não nos cabia na cabeça.
Vem tudo isto a propósito de um morador da cidade de Bellville, cidade satélite situada a 20 Kms a nordeste do Cabo, ter visitado este blog. Será algum português, quiçá macieirense, que anda a ganhar a vida por aquelas paragens? Bem gostava de saber, mas como as pessoas teimam em não deixar qualquer comentário ao que vêem e lêem, não verei o meu gosto satisfeito.
Já não sei mais o que hei-de fazer para que as pessoas se interessem e participem no blog e reconheço que se não fosse o Facebook e os «amigos» que consegui arrebanhar na minha conta, ainda seria muito pior. Paciência!

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