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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Kalashnikov morreu, mas perdura a sua criação!


Com 94 anos de idade morreu hoje Mikhail Kalashnikov o criador da arma que mais tiros disparou na Guerra do Ultramar, a AK-47 espingarda metralhadora usada pelos "turras" (como eram conhecidos na altura) de Angola, Guiné e Moçambique. Não fossem as minas e poderia dizer que ficou a dever-se a esta arma a maioria das baixas sofridas pelas nossas tropas.
A explicação da marca é a seguinte:
A de automática, K do nome do criador Kalashnikov e 47 do ano de fabrico da primeira de todas, 1947.
Do nosso lado houve 3 armas semelhantes a esta durante os 14 anos de guerra, a FN, a Armalite e a G3. A primeira usada pelo Exército e a segunda pelos paraquedistas, antes de termos comprado aos alemães a licença de fabrico da G3. Logo que esta entrou em produção na Fábrica do Braço de Prata, foram postas de parte as outras duas. As primeiras Unidades de Fuzileiros mobilizadas para o Ultramar já foram armados com a G3 fornecida pela Alemanha.
Pessoalmente nunca fui grande admirador da G3. Embora tenha tido pouco contacto com ela, gostava mais da FN que via nas mãos dos rapazes do Exército que estavam comigo em Moçambique. Por seu lado a AK-47 é mais maneirinha e todos gostam dela, mas é menos adequada a tiro de média distância que era aquilo que se pretendia na guerra de guerrilha que travamos nas ex-colónias. Nos casos de guerrilha urbana, como existe hoje um pouco por todo o Médio Oriente, a mais indicada é de facto a Kalashnikov, não falando de outras armas mais modernas que existem hoje um pouco por todo o lado e de várias origens.

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