Hoje, na minha deslocação a Macieira, dei um saltinho à Fonte de Crujes por ser um lugar com forte ligação à minha meninice.
Na minha memória havia um pequeno riacho que atravessava o caminho que liga o lugar do Outeiro a Talho. Para os transeuntes não molharem os pés (ou os sapatos, para quem os tinha) havia uma série de pedras estrategicamente colocadas que permitiam a travessia sem grandes problemas.
Mas o que encontrei deixou-me completamente surpreso. Foi construido um pontão sobre o qual passa a rua, cerca de dois metros acima do leito do rio, e que dá um aspecto muito diferente a todo o conjunto.
Quanto à fonte propriamente dita não posso tecer grandes considerações. Um espesso manto de ervas cobre-a por completo e posso apenas supor que continua lá. Com água ou sem ela, potável ou imprópria para consumo é coisa que não pude comprovar.
O Rio do Souto que vem dos lados de Penedo e se junta ao Rio Codade no Lobar não é mais que um fio de água que quase desaparece no verão. Deslizava ao lado da Fonte de Crujes, sem nada ter a ver com esta e seguia o seu curso tranquilamente. Ao lado continua a passar e com certeza recebe a água que brota daquela fonte, e ninguém agora aproveita, engrossando um pouco o seu caudal que despeja no Codade que o leva até ao Este e este entrega ao Ave para o levar até ao mar, em Vila do Conde.
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