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sábado, 15 de junho de 2013

Moçambique - no mato!


A minha guerra, em zona de campanha, foi toda feita no distrito do Niassa, norte interior de Moçambique. A Marinha de Guerra Portuguesa construiu uma Base Naval nas margens do Lago Niassa e quando a guerra estourou, em Setembro de 1964, começou a guarnecê-la com Unidades de Fuzileiros, Lanchas de Desembarque e de Fiscalização.
Na noite de 24 para 25 de Setembro de 1964 foi transportado de avião, de Lourenço Marques para Vila Cabral, um pelotão de fuzileiros navais para fazer a guarnição da Base Naval e protegê-la de eventuais ataques da Frelimo. Eu tive a honra de fazer parte desse primeiro contingente de fuzileiros que pisou aquelas terras e tive o meu baptismo de fogo no dia 9 de Janeiro de 1965, quando incorporado numa patrulha formada por 10 homens caímos numa emboscada. Por sorte, apenas o nosso guia, um negro moçambicano, caiu ceifado por dois tiros certeiros.
Em meados de 1966, voltei a percorrer o mesmo caminho e passei cerca de 15 meses em Metangula. Em Metangula é uma forma de dizer, pois eram contínuas as saídas em operações, quer em terra quer embarcado dando protecção ou transportando outras tropas. A foto acima foi tirada numa tabanca enquanto fazíamos "psico" junto da população.

1 comentário:

Anónimo disse...

Por acaso conheceu em Metangula um cabo artilheiro de apelido Monteiro, da tripulação de uma LDM 405 que teria regressado da guerra em 1969.
Há um amigo que anda à procura dele.
Se esse apelido lhe diz alguma coisa, responda ao meu comentário
João ferro