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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Teatros de guerra!

Depois da foto de todos os que participaram no convívio e de todos os combatentes seguem-se as fotografias daqueles que participaram em cada um dos três principais teatros de operações, Angola, Moçambique e Guiné.


Em primeiro lugar os combatentes que passaram por Angola por ser o grupo mais significativo. Por ter sido o primeiro onde começou a guerra de guerrilha que tinha por objectivo correr com os portugueses que colonizavam Angola há mais de cinco séculos, foi deste grupo que saíram os primeiros combatentes de Macieira. Em Março de 1961 deram-se os primeiros ataques a colonos no norte de Angola e poucos meses depois já lá estavam os primeiros combatentes prontos a defender aquilo que se dizia ser nosso.
Por terem sido os primeiros a avançar e pegar em armas, quero evidenciar aqui os seus nomes. Em Abril foi o Manuel Matos, em Maio o Abel Silva, em Junho o Abílio Costa, o João Leitão e o Manuel Martins, em Outubro o Arlindo Carvalho. E logo na segunda semana do ano seguinte seguiu o Aparício Silva, não tendo sido mobilizado para Angola mais nenhum combatente nascido em Macieira durante esse ano.


Depois os combatentes que lutaram pela defesa da sua pátria em Moçambique, grupo onde me incluo eu também, uma vez que passei 5 anos naquela antiga Província Ultramarina, como o Salazar decidiu passar a chamar-lhe, a partir de certa altura, para fazer esquecer a conotação colonial.
Na fila da frente, do lado esquerdo, pode ver-se o Gabriel Moreira que foi o único macieirense com quem me cruzei na Guerra do Ultramar, nas margens do Lago Niassa, no ano de 1967.


E por último os que tiveram como destino a Guiné, o mais pequeno mas mais perigoso teatro de operações de toda a Guerra do Ultramar. Tanto pelo tipo de terreno e do clima, como pelo número de guerrilheiros por Km2 envolvidos no conflito, este foi o mais difícil de defender e que mais trabalho deu aos combatentes.
Dos 8.831 heróis caídos em combate 2.240 caíram na Guiné, o que corresponde a 25,3% do total, uma percentagem muito elevada considerando o tamanho reduzido do território, 5 vezes mais pequeno que Angola.

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