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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Morto antes do combate!


No dia 26 de Julho de 1964, a automotora que fazia a ligação entre a Póvoa e o Porto descarrilou e depois incendiou-se provocando a morte a 101 pessoas. Nela viajavam cerca de 300 pessoas, a maioria de pé (note-se que a capacidade da automotora era de 100 lugares sentados e 44 lugares de pé), o que foi considerado como causa principal do desastre.
Como era um domingo, ao fim da tarde, viajavam na automotora muitos militares que regressavam aos seus quartéis depois do fim de semana passado com a família. Era esse o caso do Joaquim Ferreira dos Santos que para além do mais estava mobilizado para ir para o Ultramar lutar em defesa da Pátria.
Poderia ter lá chegado e morrido no cumprimento da sua missão, mas quis o destino que a sua morte viesse a ocorrer logo no início da jornada, a pouco mais de 30 quilómetros de casa. Não chegou a empunhar a G3 nem teve oportunidade de dar um único tiro, mas morreu como combatente uma vez que tinha sido mobilizado e se dirigia para o local onde se desenvolvia o combate.
Não consegui encontrar mais informação sobre o nome, sexo e idade das vítimas, mas é voz corrente que viajavam com o Quim do Santos muitos outros militares na mesma situação que ele. Segundo uma fonte que consultei, morreram 100 pessoas na altura do acidente e um ano mais tarde morreu um militar que ficou em coma desde o acidente, totalizando os 101 que refiro acima.

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